Neurobots SDROlá, sou Janaina Costa e trabalho há 20 anos na área de reabilitação de pacientes com diversas patologias neurológicas. Hoje gostaria de compartilhar com vocês sobre a Classificação Internacional da Funcionalidade (CIF) e a importância de utilizarmos com nossos pacientes.
A CIF foi desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e vai além da avaliação das limitações físicas, adentrando no domínio dos fatores sociais e psicológicos que influenciam a saúde e o funcionamento de um indivíduo. Ela avalia o contexto da funcionalidade e da incapacidade, incluindo funções corporais, estruturas anatômicas, atividades e participação na vida cotidiana.
Aqui vou listar as razões pelas quais eu utilizo a CIF na minha avaliação Neurofuncional:
- Avaliação Inicial Detalhada: Ao receber um novo paciente com uma condição neurológica, começo realizando uma avaliação completa usando a CIF como estrutura de referência. Isso inclui a identificação de limitações físicas, como dificuldades de movimento, força muscular comprometida e alterações sensoriais.
- Avaliação das Funções e Estruturas Corporais: Utilizo a parte da CIF para avaliar as funções e estruturas corporais. Isso pode incluir a amplitude de movimento das articulações, a força muscular, tônus muscular.
- Avaliação das Atividades e Participação: Isso ajuda a ver como a condição do paciente afeta suas atividades diárias e sua participação na sociedade, identificando as dificuldades que o paciente enfrenta, como vestir-se, caminhar, realizar tarefas domésticas ou participar de atividades sociais.
- Visão Abrangente: A CIF nos fornece uma visão holística desses desafios, ajudando-nos a compreender não apenas as limitações físicas, mas também as questões emocionais e sociais que afetam a funcionalidade.
- Personalização do Tratamento: A CIF nos capacita a personalizar o tratamento de acordo com as necessidades específicas de cada paciente. Podemos criar planos de tratamento adaptados às limitações e aspirações individuais, maximizando assim os resultados terapêuticos.
- Acompanhamento Eficaz: Utilizar a CIF nos permite acompanhar o progresso do paciente ao longo do tempo de forma mais precisa e fazer os ajustes necessários.
- Definição de Metas Claras: Com base na CIF, podemos auxiliar nossos pacientes na definição de metas, sendo importante para a motivação e o comprometimento com o tratamento.
Em resumo, a CIF tem sido importante na minha avaliação neurofuncional, ajudando a entender de maneira mais completa a condição dos meus pacientes, bem como personalizar tratamentos, acompanhar o progresso e promover uma abordagem centrada no paciente. Ao integrar a CIF em nossa prática, estamos mais bem preparados para enfrentar os desafios únicos apresentados por condições neurológicas e proporcionar um atendimento eficaz visando a melhoria da qualidade de vida de nossos pacientes.
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