Teste de Função Manual Jebsen Taylor (TFMJT) na Reabilitação: Uma Ferramenta para a Recuperação

Olá, sou Janaina Costa e trabalho há 20 anos na área de reabilitação de pacientes com diversas patologias neurológicas, mais especificamente pacientes com acidente vascular cerebral (AVC). Hoje, gostaria de compartilhar com vocês uma ferramenta que se tornou indispensável na minha prática clínica: o Teste de Função Manual Jebsen Taylor (TFMJT). Ao longo dos anos, aprendi que, para fornecer uma reabilitação eficaz, é crucial contar com instrumentos de avaliação confiáveis que agilizam nosso processo de avaliação e tornam nosso tratamento mais assertivo.

O TFMJT foi desenvolvido em 1969 por Jebsen e colaboradores com a finalidade de avaliar a função manual em atividades do dia a dia que refletissem a realidade de forma mais objetiva. O TFMJT é composto por tarefas manipulativas semelhantes àquelas realizadas cotidianamente, como escrita, virar cartas, levantar objetos pequenos, simular o uso da colher para a alimentação, empilhar peças de jogos de damas e levantar objetos grandes e leves.

Por que usar o TFMJT ?

Primeiramente, permitam-me explicar por que optei por incluir o TFMJT na minha rotina clínica. Essa escolha se deve ao fato de que ele é projetado especificamente para avaliar a destreza manual e funcional em uma variedade de tarefas do cotidiano, o que nos permite mensurar os desafios na realização de atividades básicas da vida diária e acompanhar o progresso de nosso tratamento.

Quando consideramos a Reabilitação Neurofuncional, precisamos lembrar que de nada adianta realizarmos o tratamento se não melhorarmos a qualidade de vida de nossos pacientes. Esse teste não apenas facilita a avaliação, mas também contribui para os resultados de nosso tratamento. Lembre-se de que nossa missão é capacitar nossos pacientes a recuperarem sua autonomia e independência.

Benefícios de sua Utilização

Avaliação Abrangente: Engloba uma série de tarefas que representam situações comuns do dia a dia, como abrir uma porta, amarrar sapatos ou pegar objetos pequenos. Isso garante que obtenhamos uma visão abrangente das habilidades manuais de nossos pacientes.

Monitoramento da Progressão: Ao realizar testes repetidos, podemos acompanhar o progresso do paciente ao longo do tempo. Isso nos ajuda a ajustar nossos planos de tratamento e a demonstrar de forma tangível os resultados alcançados.

Objetividade: A escala é altamente padronizada, o que significa que os resultados são consistentes e objetivos. Isso é fundamental para fornecer evidências sólidas do progresso do paciente em relatórios médicos e processos de reabilitação.

Em quais pacientes utilizamos o TFMJT?

O TFMJT é especialmente útil para pacientes que enfrentam desafios na função das mãos devido a uma variedade de condições, incluindo:

Lesões Traumáticas: Pacientes que sofreram lesões nas mãos devido a acidentes, quedas ou esportes.
Cirurgia nas Mãos: Pacientes que passaram por cirurgias reparadoras e reconstrutivas das mãos, a escala é útil para monitorar a recuperação.
Distúrbios Musculares e Articulares: Casos de doenças musculares ou articulares.
Condições Neurológicas: Para pacientes com condições neurológicas, como acidente vascular cerebral, paralisia cerebral ou doenças degenerativas, a escala pode ajudar a avaliar e melhorar a destreza manual.

A importância do Teste de Função Manual Jebsen Taylor no AVC

O AVC pode causar uma série de desafios funcionais, especialmente nas mãos e membros superiores. Pacientes que tiveram um AVC muitas vezes enfrentam dificuldades na realização de tarefas básicas da vida diária, como vestir-se, comer e pentear o cabelo. Aqui está o motivo pelo qual o TFMJT é um recurso valioso para profissionais que trabalham com pacientes pós-AVC.

Avaliação Precisa das Habilidades Manuais: Por incluir tarefas específicas que refletem as atividades diárias mais desafiadoras para os pacientes pós-AVC, isso nos permite avaliar de forma precisa e detalhada as habilidades manuais de nossos pacientes, identificando áreas específicas de dificuldade.

Desenvolvimento de Planos de Tratamento Personalizados: Com base nos resultados, podemos criar planos de tratamento altamente individualizados. Isso significa que podemos focar nas áreas onde o paciente mais precisa melhorar, otimizando assim o tempo e os esforços dedicados à reabilitação.

Monitoramento do Progresso a Longo Prazo: Usar o TFMJT em várias ocasiões ao longo do tratamento nos permite acompanhar o progresso do paciente com precisão. Isso é crucial para ajustar as metas de reabilitação à medida que o paciente melhora e garantir que a terapia seja eficaz.

Comunicação com a Equipe Multidisciplinar: Fornece uma linguagem fácil para a comunicação da evolução do nosso paciente, facilitando a colaboração entre fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, médicos e outros profissionais de saúde envolvidos no cuidado do paciente.

Portanto, no contexto do AVC, o TFMJT se torna uma ferramenta crucial que não apenas ajuda na avaliação precisa, mas também desempenha um papel fundamental, permitindo que os pacientes alcancem um nível mais alto de independência e funcionalidade. Mais do que tratar nossos pacientes, precisamos acompanhar a evolução e ver o que podemos melhorar. Dentre vários instrumentos de avaliação de pacientes pós-AVC, o TFMJT tem sido fundamental no acompanhamento dos meus resultados.

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Com o Monitore é possível acompanhar remotamente os pacientes em processo de reabilitação, o profissional consegue acessar o progresso dos exercícios nos relatórios, permitindo que identifique as necessidades de seus pacientes de forma assertiva. Não apenas isso, mas também simplificamos o processo de prescrição de exercícios, tornando-o mais eficiente e conveniente. Por exemplo, se um paciente está enfrentando dificuldades com um exercício específico, o profissional pode fazer ajustes e enviar orientações personalizadas. Isso não só melhora a experiência, mas também maximiza os resultados terapêuticos.

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