Olá, sou Janaina Costa e trabalho há 20 anos na área de reabilitação de pacientes com diversas patologias neurológicas, mais especificamente pacientes com acidente vascular cerebral (AVC).
Hoje vou falar sobre uma escala que tenho utilizado na avaliação dos meus pacientes com AVC, mais especificamente a Escala de Fugl Meyer (FM), podendo ser utilizada tanto na fase aguda como crônica após AVC. As Escalas de avaliação funcionais são importantes porque, além de nos guiarem no nosso tratamento, nos dão um diagnóstico funcional e, além disso, podemos estabelecer um prognóstico funcional a curto, médio e longo prazo.
Como saberemos o que nosso paciente precisa melhorar, uma vez que não os avaliamos com escalas validadas cientificamente?
As mensurações da recuperação do paciente com sequela de um AVC normalmente focalizam a independência nas atividades de vida diária (AVDs) e não são específicas para medir o comprometimento na função sensório-motora. A escala de FM mensura o comprometimento tanto motor quanto sensorial após um AVC, sendo um instrumento quantitativo importante e um dos mais utilizados nas pesquisas e também na prática clínica. Essa escala, conforme descrevi anteriormente, é excelente. Considero uma escala que não abro mão quando avalio pacientes com AVC. Sabe por quê? Porque ela é baseada no exame neurológico e verifica também desde os reflexos, padrões seletivos e sinérgicos dos pacientes, tanto de membros superiores quanto inferiores.
Mas na prática, o que ela avalia?
A escala de FM avalia seis aspectos do paciente: a amplitude de movimento, dor, sensibilidade, função motora, equilíbrio, além da coordenação e velocidade. Na prática, a pontuação é a seguinte: 0 – não pode ser realizado; 1 – realizado parcialmente; e 2 – realizado completamente.
Esta escala tem um total de 100 pontos para a função motora normal. Para a extremidade superior, a pontuação máxima é 66 e para a inferior, 34. A avaliação motora inclui testes de coordenação e atividade reflexa de ombro, cotovelo, punho, mão, quadril, joelho e tornozelo. Por meio dessa escala, conseguimos ver em que nível de comprometimento motor nosso paciente está. Se for menos que 50 pontos, indica um comprometimento motor severo; 50-84, comprometimento marcante; 85-95, moderado; e 96-99, leve. Essa escala, em diversos estudos, têm demonstrado alta confiabilidade.
Alguns pontos que julgo serem importantes e que justificam a minha utilização da escala de FM:
- Medição objetiva do progresso: como mencionei anteriormente, a Escala de FM fornece uma pontuação quantitativa que pode ser usada para monitorar o progresso ao longo do tempo. Isso é fundamental para avaliar a eficácia do nosso tratamento, bem como fazer ajustes conforme necessário. No meu tratamento, tem se tornado mais motivador uma vez que os pacientes veem resultados.
- Comunicação interprofissional: A escala é uma ferramenta padronizada que facilita a comunicação entre os membros da equipe de saúde, permitindo que todos os profissionais envolvidos estejam alinhados com os objetivos de reabilitação.
- Evidência científica: A Escala de FM é uma ferramenta que permite que os resultados obtidos tenham relevância clínica e possam ser usados em pesquisas para avançar ainda mais no entendimento e no tratamento do AVC.
- Definição de prognóstico: como mencionei, ela pode ajudar a prever o prognóstico do paciente a longo prazo. Isso é útil para orientar as expectativas dos pacientes e suas famílias, e também para tomar decisões sobre o plano de cuidados a ser seguido.
Você sabia que com o Monitore você pode avaliar a evolução do paciente com escalas validadas cientificamente?
O Monitore tem capacidade de fornecer uma relatórios com escalas validadas, como a Escala de Fugl Meyer, sendo possível medir o progresso de forma objetiva e apoiar o planejamento do tratamento, tornando-se uma ferramenta valiosa para fisioterapeutas e outros profissionais de reabilitação que buscam maximizar a recuperação e aplicar as melhores práticas com uma maior excelência em nossos atendimentos.
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